Em entrevista para o
nosso Blog, falando sobre as influências da mídia, Célio Cardoso, fundador da
Revista Cult, a primeira revista do mercado na região e a única revista mensal
de Uberlândia, revela aspectos interessantes sobre esse assunto tão polêmico, no
mundo das mídias.
Blog: Quem é o Célio
Cardoso?
Célio: Eu tenho 45 anos, não sou formado em jornalismo, não
tenho curso superior. Sou empreendedor de comunicação, na verdade eu comecei
com 15 anos de idade e vou fazer 28 anos na área gráfica editorial. Sempre
trabalhei com revistas, com publicações. Então tenho vivencia no mercado e fui
aprendendo com as revistas que fui passando.
Blog: É a faculdade
da vida, como dizem?
Célio: Sim, sou empreendedor de comunicação. Diariamente,
com foco na comunicação em revistas. Eu aprendi tudo assim, com os melhores professores de se
trabalhar junto até hoje. Eu comecei em 85, na revista destaques na época, tem
muito tempo isso. (Risos) Mas já fui vendedor de jornal, já fui impressor gráfico, sobre esse processo de
mídia impressa, eu conheço todos os processos, desde a venda do jornal na rua.
Eu conheço todas as etapas dos processos, ás vezes eu não sei chegar a fazer,
mas eu sei como fazer desde do começo ao final.
Blog: O que é a mídia
em sua opinião?
Célio: Acredito que hoje, ela é o quarto poder mesmo, a
mídia influencia na vida das pessoas de forma positiva ou negativa. Então a
responsabilidade que a mídia tem na sociedade, é muito grande em todos os
sentidos, por que ela muda a vida das pessoas.
Blog: Como e quando
começou o seu envolvimento com a mídia?
Célio: Foi antes da Cult, mas o envolvimento maior, foi com
a revista. A revista Cult começou, com um projeto, quando eu já trabalhava com
outras publicações. Ela começou em um projeto meio despretensioso, era uma
revista voltada para mulher na época, não era o produto principal que tínhamos.
Mas a revista começou a acontecer, a ter uma repercussão boa, obtemos um padrão
diferente de comunicação e a revista deslanchou. E hoje, somos a primeira
revista do mercado e a única revista mensal de Uberlândia.
Blog: Como você vê a
sua revista Cult, como meio de mídia ?
Célio: Hoje a revista Cult, ela faz parte de Uberlândia, não
é uma revista que é minha hoje. É a revista da cidade, é uma referencia da
região, de tudo o que acontece na sociedade em todas as áreas. Falamos, que não é mais nossa, por que a
cidade abraçou a revista, acolheu e nós temos sucesso devido a isso. Por causa
do trabalho e do resultado que tivemos ao longo do processo na formação da
revista Cult.
Blog: Vocês procuram
pesquisar para certificarem da veracidade das noticias?
Célio: Sim, por que o papel do jornalista, ele tem que
pesquisar a fonte. Tudo que você vai fazer, se vai publicar alguma coisa, você tem que
pesquisar a fonte.
Blog: Já passou na
sua cabeça que a Cult possa virar uma revista nacional?
Célio: Pode sim, temos conteúdo, temos qualidade e
estratégia de negócio para isso. Pode ser uma revista nacional, hoje ela já é
uma revista nacional, através da internet. Você entra no site da “Net Cult” que
é a versão online dela. Temos mais de 100 mil leitores online hoje, porque uma
revista não calcula pelo número de exemplares, mas sim, pelo número de leitores
que uma revista oferece. Uma revista com dados de pesquisa, qualquer publicação,
ela é lida por no mínimo seis pessoas, em um único exemplar, então se você tem
dez mil tiragens, você multiplica por seis e teremos o numero de leitores. É
diferente de unitário, as mídias de uma revista.
Blog: Interessante, é
que as revistas normais você tem que pagar mesmo a versão digital ou assinar a
impressa para ter direito a versão digital, e a sua digital não paga, não é
mesmo?
Célio: As mídias
impressas, terão uma grande transformação. Os jornais que vivem de noticia
atual que é aquele que acontece no dia a dia, não vão sobreviver. Tanto que o
New York Times ele é todo online hoje, ele é através de downloads, não existe
mais impresso, eles cresceram 300% depois que mudaram. E com a revista, vai
acontecer da mesma forma. Revistas atuais não vão existir muito mais, e cada
dia que passa as revistas, não vão ficar com os produtos impressos e com a
sustentabilidade, está acelerando mais
ainda esse processo. As tiragens vão
ficar menores e com acabamentos melhores. E o investimento maior das revistas,
será nas plataformas interativas. Porque alguém compraria uma revista impressa
para ler sobre um conteúdo que interessa a ela, se esta vendo o mesmo conteúdo
online de modo interativo. Exemplo uma matéria sobre música, o clipe daquele
cantor, estará disponível junto com o conteúdo.
Temos uma plataforma dessa, desenvolvida já, inclusive no
ano de 2015 lançaremos a Cult
interativa. Que é para a venda de download, buscando esse mercado inovador.
Imagina que você vai comprar uma revista na banca, você vai pagar de cinco a
dez reais ou ate mais um pouco devido ao custo de papel. Agora em uma versão
online, se você tem uma revista que interessa ao público local, imagina uma
revista online que você tem leitores em todo o mundo, uma revista em três
línguas, por exemplo, você imagina você vender um download por 0,99 centavos de
dólares em um numero de 2 milhões de downloads por edição. Mídia online engloba
muita coisa. Por exemplo, quando a mídia é da televisão é mais vídeo, quando é
revista é foto e o online é tudo, você tem isso tudo em uma plataforma só. É
você ter o leitor ali de forma que ele encontre tudo em uma publicação só. As
informações vão ficar cada vez mais curtas e objetivas.
Blog: A mídia tem
influência sobre o poder de compra do público e até onde vai esse poder?
Célio: A mídia tem uma responsabilidade grande, ela tem
influencia de compra sim, se você colocar um veículo que tem uma grande
credibilidade falando bem e com uma mídia bacana, ele vai influenciar na compra
sim. Nós fizemos em 2009, uma pesquisa com ao leitor da Cult, os produtos
anunciados na revista e qual a influência que eles tinham de compra, 57% dos
leitores, responderam que já compraram produtos que foram anunciados na Cult. A
influencia da mídia, com relação à compra de um produto, é um fato!
Blog: E a Cult, tem
um status de produtos bons, o que é lançado na Cult é bem visto pelos leitores.
Célio: É credibilidade. A gente faz um trabalho de
alinhamento de marca, de conceito de marca, focado na credibilidade,
imparcialidade, prioridade e tiragens. Nenhuma publicação aqui em Uberlândia,
fez aqui até hoje. De ter uma publicação que tem nove anos e nunca pulou nenhum
mês por motivo algum. Então não existe enganação aqui na Cult. Fazemos,
vendemos, entregamos e procuramos colocar bons anunciantes, porque não existe
propaganda boa, para produto ruim. Tentamos alinhar a nossa marca a bons
anunciantes, a levar propostas diferentes para esses anunciantes, de forma que
eles tenham retorno certo.
Blog: Há longo prazo,
se a revista não fosse boa, ela não estaria no mercado até hoje. Porque o
público é bem criterioso quando não gosta, não é?
Célio: O publico não é bobo, hoje ele tem o comparativo de
leitura visual. Uma vez me perguntaram sobre a capa da revista, como que a
gente fazia, por que a gente não colocava gente daqui. Gente daqui eu vou
agradar alguém, uma pessoa só daqui, vou agradar aquele cara que está na capa e
desagradar outras pessoas que não poderem ser capa. Quando eu coloco o artista
faço leitura visual. Se você tem um produto bem acabado, bem produzido, e você
tem um comparativo, isso é certo. Se pegarmos uma revista qualquer que esteja
no mercado e colocar em cima da mesa com a pessoa daqui de Uberlândia e colocar
a Cult com a foto do Reinaldo Gianechinni. Qual você vai comprar? Provavelmente
a do Reinaldo Gianechinni, por que tem mais leitura visual.
Blog: Achei muito
interessante a capa ser de atores e atrizes. Eu ia ate te perguntar como você
conseguiu isso? É daqui de Uberlândia?
Célio: A gente tem um acordo com uma produtora em São Paulo,
que tem acesso a todos os artistas. Da mesma forma, que uma pessoa precisa
vender um produto, o artista precisa também estar em evidencia. Se ele não for
capa de revista, não estar em evidencia, é um produto que não esta sendo divulgado.
Blog: Então, mas eu
estou iniciando agora na mídia, fiquei na duvida. Você paga por fora para eles ou é a presença
deles na mídia?
Célio: Temos a assessoria de imprensa, que cuida desses
artistas e temos um valor que paga por esse ensaio. Hoje, os ensaios da Cult, é
o mesmo artista que sai no Sul, no Nordeste e tudo mais. É um pacote, compramos
esse ensaio. Tem mais, não influenciamos comercialmente, se eu chegar para um
ator e falar: Você tem que usar um relógio dessa marca em seu ensaio, já é comercial.
Por isso que te falo, que temos que ter a diferença entre editorial e
comercial. Fazemos com o artista, o que ele gosta de fazer, se ele falar: Quero
ser fotografado na praia. Então vamos fazer, como ele gosta de fazer, gosto da
roupa tal, então vamos fazer. Agora se eu influenciar para ele comercialmente,
ai já envolve o pagamento de cachê.
Blog: Considerando a
grande evolução que a mídia teve, você consegue ver um ponto em comum entre a
mídia sem a internet e a mídia atual?
Célio: Não . É o seguinte, as duas coisas se completam.
Antigamente, falava, que a internet iria
acabar com a mídia impressa. Eu acredito que atualmente, as duas se completam
igual. Falamos da interatividade entre as mídias, não existe nada mais
prazeroso do que você sentar em um consultório, você esta esperando um médico e
pegar uma revista e folhear. Você se imagina pegando um Ipad e folheando uma
revista em um Ipad? Tem gente que gosta de ir ao banheiro e ler uma revista,
você se imagina indo a um banheiro com um notebook ou um Ipad na mão? Então não
tem isso, eu acho que as duas mídias se completam, a mídia impressa serve para
levar leitores para a mídia online.
Blog: A mídia está em
constante evolução, o que você acha desses novos tipos de mídia? A online por
exemplo?
Célio: Muita informação que eles consideram que hoje é
mídia boa, não é. Blogueiro pra mim não é jornalista, pra mim é outra coisa.
Por que os blogs hoje, ficaram quase todos comerciais, não existe tributos
sobre blogs, mídia em Instagram e Facebook e todo o resto. Eu acho, que essa
nova mídia que está vindo por ai, haverá em breve uma mudança muito radical,
porque isso não ficará de graça, porque quem detém os direitos autorais sobre
isso, não vão deixar isso barato. Pagamos imposto e tudo esta sendo prejudicada,
pelas outras mídias que não pagam nada. Hoje você vai anunciar em um blog você
não paga imposto, você não faz nada. E blog virou comercial, sendo que seria
uma coisa pessoal, o mesmo, está acontecendo com o Instagram, o Facebook. No
Facebook, você tem que ficar esperto, porque você pode postar mídia no
Facebook, mas muita gente utiliza essas ferramentas, como alternativa da mídia
não paga, que manipula a noticia e que influencia nas mídias sérias. Esse tipo
de mídia online que é éinstantânea, pode prejudicar as mídias que são sérias
como os jornais e revistas e fazem todo um processo para trazer uma informação
bacana e verdadeira.
Blog: É muita gente
que utiliza essas mídias como próprio mercado de trabalho, assim sem
autorização?
Célio: Sem autorização, direitos autorias, você não pode
pegar um texto de alguém e republicar em um blog seu ou em um Facebook, isso
acontece hoje e tá a maior farra, todo mundo pega e estão esquecendo dos
direitos autorias. De quem escreveu, quem fez aquela foto, quem fez a letra
daquela música. Não é assim, porque brasileiro aceita tudo, então ninguém
reivindica. Eu vou notificar, porque ate no próprio Facebook se estiver
publicando um conteúdo que não é seu, eles vão lá e retiram do ar. Quando você
publica um texto na internet, você publica uma foto, você está automaticamente autorizando a republicar, só
que é obrigatória a citação da fonte. Quem escreveu, você não pode pegar a
frase de uma pessoa e colocar como se fosse sua. Quando você coloca, hoje mudou
muita coisa em relação aos direitos autorais, também a respeito disso, tem
muita gente que vê foto na internet, usam a minha foto para colocar sei lá
onde. Quando você coloca uma foto sua que você não tem um dispositivo de
bloqueio, que ela possa ser reproduzida você esta automaticamente autorizando a
pessoa, a usar aquela foto. Por exemplo, quando você coloca, uma foto
comprometedora no Facebook, esta autorizando qualquer pessoa á utilizar aquela
foto. A pessoa pode pegar uma foto sua, que de repente está lá no Facebook e
colocar em um site pornô, você está autorizando.
Blog: Mas me explica
até aonde vai o limite. Por exemplo, vamos supor, eu tirei uma foto aqui de
roupa normal, alguém coloca em um site pornô, eu não posso fazer nada?
Célio: Não, você
pode! Pode processar esse site. Tem pessoas, que usam de má fé mesmo, vai
pegando fotos, mas quando você coloca uma foto vou te falando, existe nos casos
de foto ai na mídia, de casos de fotos que vazaram, o caso da Carolina
Dieckmann por exemplo. Se você tem fotos que você não pode, que é uma coisa
pessoal, você não pode deixar nunca em seu notebook em seu smartphone. Que você
está correndo o risco de alguém roubar isso e essa foto vazar. E o trabalho que
você vai ter para recuperar, quando você coloca uma foto dessa e posta em um
blog ou em um site, de qualquer forma, você está querendo que as pessoas vejam.
Blog: Quando alguém,
no caso dela, a Carolina Dieckmann, entraram e roubaram, é diferente a lei do
juiz, quando for julgar de alguém que posta a foto no facebook?
Célio: É diferente, porque quando você coloca uma foto no
facebook em alta resolução você está autorizando, a internet é um território
publico. Tudo que você colocar lá, você está automaticamente autorizando outras
pessoas a utilizarem. Por isso que existe, não sei se você já entrou em site de
banco de imagem, as vezes que tem dispositivo que tem a marca d’agua no meio da foto tem um monte de coisa
lá. Eles colocam dispositivos que se a pessoa reproduzir, você sabe de qual
site que foi. Então quando se coloca uma foto, você tem que ter um dispositivo
de baixíssima resolução de fotos indexadas, que não podem ser baixadas. Então
assim a pessoa que faz isso, tem que ter consciência de que se ela colocou uma
foto ali, ela está sujeita a ver sua foto ser reproduzida sem a sua
autorização.
Blog: Então assim
vamos supor, que se eu quiser me proteger um pouco, é bom eu colocar uma marca
d’água nas minhas fotos?
Célio: Isso, no caso, você vai fazer um texto ou alguma
coisa coloca alguma coisa ali, uma sombra. No Instagram está acontecendo muito,
as pessoas estão fazendo uma imagem e já criam uma marca d’água.
Blog: O que se pode esperar, das mídias no futuro?
Célio: Não da para garantir nada, porque no mesmo momento em
que sabemos de um programa de computador, você sabe tudo sobre o programa, até
lançar o próximo, na hora que lança o próximo, você esqueceu tudo o que você já
sabe e começa tudo de novo. Igual aparelho de celular, lançaram o Iphone 5S,
quando sair o 6, já não tem nada a ver com o 5S. Então, não tem como prever o
que vai acontecer, qual é a mídia que vai ter sucesso no futuro. Porque o
perfil do leitor, o usuário hoje de revistas e livros é bastante variável. Então você quer falar
que isso aqui vai ser sucesso no futuro não tem como garantir nada. Ninguém
sabe nada. Ninguém tem a receita para saber as coisas no futuro. A gente segue
as tendências que aparecem naquele momento.
Blog: Como você vê, a
relação entre as agencias de publicidade e os meios de mídia?
Célio: Agências de publicidade, na minha opinião, talvez não
seja a de todo mundo, mas hoje, ela é parte de alteração com elo, com o veiculo
de comunicação, ela não tem mais aquele poder de decisão para o cliente. Quem
sabe o que é bom para o cliente é o próprio cliente, é o anunciante que sabe. As
agências tem que ser demandada pelo cliente, o cliente evoluiu mais,
departamento de marketing evoluíram
muito mais que as agencias de propaganda, algumas esse formato de agencia de
propaganda que é renumerada pela comissão, ela está falida a muito tempo.
Existe muito aqui em Uberlândia, mas fora, não existe mais isso de ganhar mais
comissão, hoje, existe produto que não da margem de lucro de 3%, agencias de
propaganda geralmente ganha 20%, então é completamente inviável. Então agencia
é oficina do processo hoje, o cliente tem o planejamento, passa para a agência
e ela faz a parte criativa. Acho que a
importância da agencia vai continuar sendo muito grande, na parte criativa do
projeto no desenho do projeto, mas não no planejamento estratégico da empresa.
As agencias não definem mais, antes de você visitar uma agencia para propor uma
mídia. É eu que sei o que é bom para a minha empresa, não é a agencia que sabe,
eu que sei, se tenho dinheiro para investir ou não. As vezes é um negócio de
oportunidade, que a agencia não está enxergando, lá acho que o papel da agencia
vai ser desse formato, de fazer a parte da operação ali, mas não da criação, do
planejamento e da mídia. E no final ela irá ganhar pelo trabalho dela, que é a
criação e não ganhar pelo o que ela não faz hoje. Porque todas as empresas tem,
e todos os veículos hoje, tem departamento de mídias, profissionais de
atendimento para isso. Não é mais o formato que existia no passado. Tem
agencias que estão registradas para isso, mas infelizmente essas já saíram do
mercado. Igual existem os corretores de mídia, esses vão existir sempre, isso
vai existir agora, essa agencia que faz corretagem isso não vai existir mais.
Existe agencia, por que existe uma normativa que todo mundo pensa que é lei,
mas não é lei, lei tem que estar publicada na Constituição, que é do CENP -
Conselho Executivo das Normas-Padrão, é um conselho que regulamenta a
propaganda no país. Ele sugere que a agencia seja renumerada por comissão, mas
isso vai ser mudado, porque ela existe para favorecer grupos políticos.
Blog: Como orientar o
cliente para ter o retorno esperado da mídia? O que você acha principal para
ter esse retorno positivo e não negativo?
Célio: Tudo que você vai vender para o cliente, primeiro
você tem que ouvir, é igual consulta de médico, primeiro tem que ouvir o
paciente, para depois dar a receita. Você tem que saber qual o problema do
cliente, para depois sugerir. O cliente sabe o que é melhor pra ele, você só
tem que orientá-lo, no que ele deve fazer, para ser o melhor pra ele. Tem que
entender, qual é o problema de comunicação daquele cliente. Muitas vezes o
cliente reclama, fiz uma mídia e não adiantou nada, talvez ele tenha feito a
mídia certa e colocado de forma errada. Eu tenho que oferecer para o cliente,
não é o que eu tenho pra vender, é o que ele precisa. Por exemplo, revista foi
feito para sustentação de marcas, já a mídia do varejo foi feito pra massa. O
retorno muitas vezes vem com a venda da imagem e não do produto. Como exemplo a
Coca Cola, ela já vende muito, não precisa de mídia para isso, mas o que ela
faz é a manutenção da marca. Todo mundo sabe o que é a coca cola, desde
pequeno. Tem pessoas que compram, camisetas escrito coca cola, virou grife.
Mídia é para manter a marca do produto na cabeça das pessoas, é preciso ter um
investimento constante de mídia, para manter a marca, e consequentemente vender
o produto. Fazer promoção é varejo, e tem um retorno financeiro, mas venda é
com mídia mesmo. Outro exemplo é do Bombril, ninguém fala esponja de aço. A
Nike por exemplo, basta você ver o símbolo que você sabe que é Nike, não
precisa ninguém falar, Red Bull também. A tendência de mídia no futuro é você
fazer a mídia pela identificação da marca do produto.
Blog: Dê algumas
dicas para quem esta saindo ou entrando na faculdade, e vão lidar com a mídia
no mercado de trabalho.
Célio: Todo mundo sai da faculdade e se perguntar o que eu
vou fazer? Jornalismo esportivo, assessoria de imprensa, redação, agencia de
propaganda. Você tem que ter conhecimento de tudo um pouco. Você não precisa
ser bom em tudo, mas você precisa escolher uma área específica, você precisa
ter um foco, a partir do momento que você escolher sua área, você tem que ser o
melhor. Eu tenho um amigo que sempre diz: Você pode ser um fabricante de
sacola, mas a sua sacola tem que ser a melhor de todas. Não interessa o
produto, você tem que ser o melhor. Muitas vezes o preço não é o fator decisivo
e a qualidade também virou obrigação, e
não é mais diferencial. O mesmo tempo que você leva para fazer um texto ruim,
você leva para fazer um texto bom. O atendimento hoje, é tudo no negócio. O pós
venda, o cliente é tudo, regra número um, o cliente tem sempre razão, regra número
dois, se o cliente estiver errado, volte a regra número um. Não existe empresa
nenhuma sem os funcionários por trás, mas a empresa tem que estar sempre pronta
para substituir o funcionário que sair. Qualquer CNPJ hoje tem um CPF por trás.
Você pode ter a melhor estrutura do mundo, se você não tiver gente por trás
disso, você não tem nada.
Célio, nós do blog,
agradecemos o carinho e a gentileza em ceder essa entrevista!
Entrevista realizada por: Karoll Bianna